Quando a Organização Mundial da Saúde associou grupos de infeções pelo vírus Zika a defeitos cerebrais em 2016, foi declarada uma emergência global de saúde pública. As infeções foram catalogadas em todo o mundo e avisos de viagens foram emitidos para prevenir contra os terríveis riscos associados à doença transmitida por mosquitos. Felizmente, não houve surtos recentes, mas a prevenção contra o Zika ainda é aconselhável, pois não há cura ou vacina.
Explicação do vírus Zika
Zika é um vírus que normalmente se espalha para humanos por meio de picadas de mosquitos do Aedes. Mulheres grávidas infetadas podem transmitir o vírus ao feto. Homens infetados podem espalhar o vírus para suas parceiras durante a relação sexual. O vírus também pode ser transmitido por meio de transfusões de sangue.
Muitas pessoas infetadas com Zika não percebem que têm, porque os sintomas tendem a ser leves e, em alguns casos, inexistentes. Uma infeção raramente resulta em hospitalização. Se houver indicadores físicos do vírus, geralmente não duram mais de uma semana. Os sintomas típicos incluem:
- Dores musculares e articulares
- Irritação na pele
- Dor de cabeça
- Febre
- Vermelhidão ocular conhecida como conjuntivite
- Os perigos do zika
Embora o zika raramente seja fatal, ele causa sérios danos aos fetos. Bebés nascidos de pais expostos ao vírus apresentam alto risco de defeitos congénitos. A mais comum é a microcefalia, que resulta no nascimento de bebés com cabeças menores que a média, causando cérebros subdesenvolvidos, danos cerebrais e até mesmo crânios em colapso. Problemas de visão, perda de audição, convulsões e crescimento retardado também são complicações conhecidas.
Onde as ameaças existem hoje
O vírus não é mais considerado uma ameaça, mas mosquitos capazes de espalhar a doença são encontrados em muitos lugares do mundo. Atualmente, não há relatos de surtos em nenhum país.
Prevenção da exposição ao zika
Mesmo que o vírus Zika pareça estar sob controle, o exercício preventivo ainda é recomendado. Antes de viajar para o exterior, verifique com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) para garantir que seu destino não teve nenhum caso recente. Use repelente de insetos para se proteger de picadas de mosquitos e use roupas de proteção em áreas onde os mosquitos são comuns. Se possível, fique em acomodações com ar condicionado ou use redes para limitar a exposição aos mosquitos.
Se o seu destino estiver a viver um surto, converse com seu médico sobre os riscos associados à exposição. As mulheres que estão a tentar engravidar devem esperar dois meses após viajar para uma área com casos conhecidos; já para os homens devem esperar três meses, pois o vírus pode viver mais no fluido seminal. Mulheres que já estão grávidas são desaconselhadas a viajar para qualquer destino com casos relatados.
O cuidado ainda deve ser exercido, pois não há cura ou vacina conhecida. Um surto pode ocorrer a qualquer momento, portanto, ficar atento às condições, especialmente durante a viagem, é fundamental. Embora a maioria das pessoas que contraem o vírus fiquem bem, as mulheres que estão grávidas ou a tentar engravidar correm o maior risco e devem tomar todas as precauções contra a exposição.